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João Rinaldo Machado, presidente do SIFUSPESP abriu os trabalhos explanando 2 temas específicos: A paralisação dos funcionários do sistema prisional programada para o próximo dia 30 como protesto ao veto do porte de arma da presidente Dilma Rousseff e as condições de trab...alho dos servidores penitenciários. Quanto ao segundo tema, João Rinaldo explicou que o mesmo já é objeto de discussão da pauta de reivindicação 2013.

PARALISAÇÃO
Durante a assembleia, os trabalhadores presentes decidiram pela não paralisação. Os mesmos alegaram que em suas unidades prisionais a maioria dos agentes era contra a paralisação por esse motivo. Outro ponto alegado é que o veto não afeta em nada o porte de arma já concedido no estado de São Paulo e que o tempo seria escasso para a adesão maciça da categoria já que São Paulo tem hoje, 153 presídios em mais de 90 cidades.

Machado disse que o estado de São Paulo apóia a paralisação, mas lembrou que o veto da presidente Dilma Rousseff em nada interfere a atual condição dos agentes prisionais e motoristas do sistema já que existe uma resolução específica na Secretaria de Administração Penitenciária. “Não podíamos definir nada sem um posicionamento mais apurado da categoria. Pelas redes sociais vimos que a categoria apóia a paralisação, mas a assembléia é soberana e os caminhos traçados pelo sindicato passam pela decisão da categoria em assembléia. Tínhamos que realizar a assembleia para dar uma resposta a FENASPEN. A maioria entendeu que neste momento o melhor seria não aderir à paralisação apesar do apoio já manifestado”, disse Machado. Em 7 estados já foram realizadas assembleias que decidiram pela aprovação da paralisação. Também pelas redes sociais a maioria dos servidores que se manifestaram foi favorável a paralisação. Vale ressaltar que a participação efetiva dos servidores na assembleia é fundamental para aprovação das deliberações. “Acredito que a realização de uma mobilização em Brasília através das lideranças também pode gerar bons resultados”, completou.

Foram deliberadas propostas com relação ao item discutido. Os companheiros presentes na assembléia aprovaram como proposta a ser enviada a FENASPEN a organização de ato de desagravo ao veto em frente ao Palácio do Governo em Brasília com uma caminhada até o Congresso Nacional onde tentariam uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados e com o Presidente do Senado pedindo a recusa do veto presidencial e uma carta aberta do SIFUSPESP em repúdio ao veto da presidente.

DECLARAÇÃO DO COORDENADOR DA ONG VIVA RIO

A polêmica declaração do sociólogo e coordenador da ONG Viva Rio, Antonio Rangel Bandeira também foi discutida durante a assembleia. Bandeira disse em entrevista à rádio CBN que “os agentes penitenciários são extremamente corruptos e servem aos narcotraficantes”. Bandeira participou no último dia 14 de evento nos EUA sobre desarmamento.
“Não podemos nos calar diante de uma declaração como esta que difama nossa categoria”, disse o presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado. Para ele isso demonstra o ódio e a discriminação que as entidades de direitos humanos têm contra os servidores ligados à segurança pública. “Onde estava a Viva Rio ou os direitos humanos quando da morte de dezena de policiais, agentes penitenciários e policiais civis durante os ataques em São Paulo”, indagou .

Gilberto Machado, tesoureiro do SIFUSPESP sugeriu durante o encontro que a FENASPEN – Federação Sindical Nacional dos Servidores Penitenciários, organize uma mobilização da categoria no Rio de Janeiro em frente a sede da ONG Viva Rio. O ato de desagravo seria um protesto contra o veto da presidente Dilma e em repúdio a declaração do coordenador da Viva Rio. A proposta foi aprovada pelos presentes na assembléia. Segundo Gilberto essa declaração é uma verdadeira tortura aos trabalhadores do sistema prisional brasileiro e seus familiares, um linchamento público.

A direção do SIFUSPESP comunicou ainda durante o encontro, que o departamento jurídico da entidade irá mover ação contra Rangel além de exigir, direito de resposta à rádio CBN. “Conclamamos toda a categoria que nos ajude a exigir o direito de resposta entrando em contato com a rádio. “Não podemos deixar que uma infeliz declaração feita pelo coordenador da maior entidade de direitos humanos do país como a Viva Rio passe impune”, finalizou.

Participaram também da assembléia os diretores do SIFUSPESP João Alfredo de Oliveira, Luiz da Silva Filho ( Danone) e representantes de diversas regiões do estado.


Marcos Fellipe
Assessoria de Imprensa - SIFUSPESP

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