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Dois presos foram mortos em unidade com déficit de funcionários e superlotação. Penitenciária não efetua revista íntima mesmo sem contar com scanners corporais

Com um quadro de 15 a 20 servidores a menos que o ideal para vigiar as atividades dos 1.714 detentos que superlotam a unidade - que tem capacidade para apenas 844 - a penitenciária de Tupi Paulista, no oeste do Estado de São Paulo, registrou duas mortes de presos na noite desta quinta-feira, 12/01. A informação foi publicada em primeira mão pelo portal Uol: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/01/13/sp-registra-as-primeiras-mortes-em-presidios-no-ano-no-brasil-sao-103.htm

As mortes aconteceram durante uma briga dentro de uma cela. Em depoimento, os detentos envolvidos no crime disseram que as mortes não têm ligação com brigas entre facções criminosas rivais.

Sem scanners e sem revista, servidores "enxugam gelo"

Na opinião do Coordenador da sede Regional do SIFUSPESP em Presidente Venceslau, Gilberto Antonio da Silva, que trabalha na unidade, a penitenciária de Tupi Paulista passa por uma situação de calamidade.

“Além de a unidade estar superlotada e com déficit de funcionários, os visitantes não passam por revista íntima. A fiscalização é feita apenas por detectores de metais, o que impede os funcionários de coibir a entrada de produtos ilícitos como drogas, explosivos e armas não metálicas”, informa Gilberto.

Nesse sentido, o SIFUSPESP cobra do diretor da unidade e da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) a instalação de scanners corporais para seguir a legislação estadual que determina que as visitas não devem ser submetidas às revistas, que são consideradas vexatórias pela Justiça.

O Coordenador da sede Regional do SIFUSPESP ressalta que a convivência de diversas facções criminosas na penitenciária colabora para o aumento da violência entre os presos.”São muitos inimigos juntos, no mesmo lugar”, esclarece.

Ainda de acordo com Gilberto Antonio da Silva, os múltiplos esforços dos agentes de segurança penitenciária em fazerem blitze e vistorias não surtem efeito e causam clima de apreensão entre os servidores.

“Fazemos um trabalho muito árduo para evitar a entrada de entorpecentes e armas na penitenciária, mas infelizmente enxugamos gelo e vivemos sob um clima de tensão permanente, sem saber o que virá do outro lado”, explica.

 

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