Após o registro da agressão na Penitenciária de Flórida Paulista, representantes do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo estiveram presentes na unidade nesta quinta-feira, 7 de agosto, para prestar atendimento aos funcionários e saber as medidas que foram tomadas. Estiveram presentes o Coordenador do SIFUSPESP na Regional Presidente Venceslau e o Diretor de Formação Sindical Fábio Jabá.
No dia anterior, dia 6, Gilberto Antonio já tinha ido ao local para tratar especificamente do caso de mais uma agressão a servidor. A pedido dos funcionários, que queriam uma reunião para apresentar as demandas, uma nova visita foi realizada na quinta.
Segundo informações fornecidas pelo Coordenador do SIFUSPESP da regional de Presidente Venceslau, foi solicitado junto do diretor geral da unidade a inclusão de novos funcionários, visto que há falta de agentes penitenciários (homens e mulheres). Por isso, o serviço está sendo sobrecarregado e devido ao excesso de trabalho diversos servidores estão recebendo afastamento médico.
O déficit atual é de 70 funcionários, em uma unidade que abriga 1.807 presos sendo que foi projetada para ocupar apenas 844. A superlotação está com o número de 250% maior que sua capacidade.
Durante a visita os funcionários disseram aos sindicalistas também que necessitam de equipamento biométrico para melhorar a vistoria de visitantes. Além de queixas a respeito da convocação extra em dia de folga. A maior reivindicação, no entanto, é pela automação da unidade.
“A unidade está superlotada. Os funcionários tem se esforçado para trabalhar, mas o déficit de funcionários é muito grande, o que está causando um excesso de trabalho nos servidores que estão lá. É preciso novos funcionários e equipamento biométrico para melhorar a vistoria das visitas”, afirma o coordenador do SIFUSPESP, Gilberto Antônio.
O Diretor de Formação do sindicato analisa que “o SIFUSPESP está cada vez mais preocupado com as condições de trabalho, a superlotação carcerária e o déficit de funcionários. São fatores que trazem uma insegurança enorme para p trabalhador e para a sociedade. O governo e a secretaria (SAP) não sinalizam com políticas sérias para melhorar o sistema e a batata fica na mão dos trabalhadores, por isso a união dos trabalhadores é primordial”.
Os funcionários de Flórida Paulista ainda solicitaram que a blitz de revista mensal, que toda unidade tem por praxe realizar nas suas atividades de rotina, seja feita durante o expediente ordinário e não em convocação extra em dia de folga, esta que se usa através do RETP, pois é para caso de extrema necessidade e não para atividades programadas.