O prefeito de Bauru Rodrigo Agostinho recebeu nesta terça-feira, dia 11, uma Comissão de Trabalhadores do Sistema Prisional de Bauru para tratar sobre a possibilidade de desativação do Centro de Progressão Penitenciária III de Bauru.

A partir de conversas de bastidores, este assunto tomou conta dos noticiários locais e até uma campanha foi criada em prol à transformação da unidade em uma escola de formação de soldados. Representantes do Sindcop (Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista) e SIFUSPESP (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), presentes à reunião, não se opuseram à ideia de se criar a escola, entretanto, são contra o fechamento da instituição. Segundo os sindicalistas, além do problema pontual que seria a remoção dos 255 postos de trabalho, teríamos ainda um problema estrutural, uma vez que com o fechamento do IPA a população carcerária terá que ser deslocada a outras unidades existentes na cidade provocando uma superlotação.

Informações extraoficiais dão conta que o local abrigará no futuro um grande condomínio de luxo e que a criação de uma escola de soldados seria apenas um pretexto para remover o IPA. Embora localizado na zona rural, com o passar do tempo o IPA passou a ficar muito próximo do centro urbano, perto de bairros da zona norte ligado pela a Avenida Nações Norte e com grande expectativa de valorização no mercado imobiliário, afinal é uma área de 271 alqueires. O prefeito Rodrigo negou essa possibilidade e se comprometeu agendar reunião com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e com o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito Roberto Meira para discutir o tema.

A reunião contou com as presenças dos vereadores Roque Ferreira (PT) e Marcos de Souza (PMDB), do secretário das Administrações Regionais Levi Momesso e do assessor do deputado estadual Marcos Martins (PT), Ismael Paulo.

Uma audiência foi convocada pelo vereador Roque para o próximo dia 13 de março na Câmara para debater o assunto.