O sistema prisional do estado de São Paulo tem carência de funcionários em praticamente todas as unidades prisionais. No semi-aberto da Penitenciária “Wellington Rodrigo Segura”, de Presidente Prudente, o problema não é diferente. A falta de servidor chega a prejudicar até mesmo a entrada de sedex na unidade.
Na unidade (que é um dos puxadinhos da SAP), o sedex é entregue aos presos no setor de Portaria. Esta responsabilidade, como em qualquer unidade, deveria ser do Setor de Inclusão, mas o antigo Diretor de Disciplina (Álvaro) determinou a mudança que perdura ainda hoje, mesmo após a transferência do diretor para outra unidade.
O Coordenador do SIFUSPESP de Presidente Prudente James Douglas Passianoto afirma que a atividade é inadequada para o Setor de Portaria. “Já ocorreram vários fatos que colocaram em xeque a segurança do setor, como uma vez em que o funcionário teve que parar a vistoria do sedex para atender ao portão e um detento tentou aproveitar da situação, embolsando o conteúdo do sedex”.
De acordo com James, esta situação foi vista por vários funcionários que estavam do outro lado do portão, provando que é inviável o setor de portaria fazer este serviço. “Além disso, estas correspondências ficam expostas sobre uma mesa no Setor de Portaria, onde há grande fluxo de funcionários, reeducandos e pessoas de fora da unidade (como advogados, escrivão, oficiais de justiça, empresas prestadoras de serviço)”, completa.
O SIFUSPESP acredita que este desvio de função e o déficit de funcionários na unidade (somente um funcionário para abrir o portão e ter que cuidar do sedex) é prejudicial não apenas para o funcionário do setor como também para toda a unidade.
Um documento foi protocolado e entregue ao Diretor Geral da unidade que informou que estudaria o caso. Se nada for feito, o caso será levado para o Coordenador da Croeste e em seguida ao Secretário da Pasta.