No mês de novembro, o presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado e os diretores Gilberto Luiz Machado, João Alfredo de Oliveira e Luiz da Silva Filho, realizaram reunião sobre os atentados aos funcionários do sistema prisional na Secretaria de Administração Penitenciária. O Secretário da pasta Dr. Lourival Gomes recebeu cópia da pauta de segurança conforme deliberação da reunião de categoria do dia 07 de novembro.
Como itens fundamentais estão a superlotação dos presídios e contratações de funcionários, precarizada nos últimos anos. A previsão para as contratações de funcionários ou mesmo para construções dos novos presídios não correspondem a real necessidade e a demanda, alem do agravante que as obras iniciadas, são sempre proteladas pelos mais variados motivos, vide Capela do Alto e Cerqueira César.
Durante o encontro, o secretário afirmou que a previsão inicial para o começo das obras e o término para a construção de um presídio é de 17 meses. Segundo o mesmo, a maior dificuldade é a falta de apoio e a pouca colaboração dos governos municipais, sendo que os atrasos nas obras ocorrem por problemas relacionados as dificuldades pontuais da empresas que venceram a licitação, e em alguns casos por questões ambientais. Para o sindicato é incompreensível empresas, supondo-se idôneas, falirem ou terem dificuldades financeiras durante as construções, assim como problemas ambientais não serem detectados antes.
Dr. Lourival afirmou também que se ocorreram algumas informações via imprensa quanto à construção de somente 14 unidades prisionais até o fim do governo Alckimin, isto não é verdadeiro.
Quanto a uma definição de um planejamento estratégico para as transferências de presos para os presídios federais o secretário observou que os critérios já estão estabelecidos. Após as investigações concluídas os mandantes, executores, assim como os mentores (dentro e fora dos presídios ), com as provas inerentes, serão encaminhados para a justiça que autorizará a remoção. Ele também ressaltou que o governo paulista dará prioridade para as vagas que não sejam no estado do Paraná ou Mato grosso, ou seja, o mais longe possível.
O secretário afirmou respeitar e entender a apreensão e o descontentamento de todos devido aos últimos acontecimentos e, que confia na seriedade e no compromisso das decisões que os funcionários vierem a tomar através do SIFUSPESP.
Quanto as investigações dos atentados contra os funcionários do sistema prisional Lourival afirmou não ter em mãos os resultados finais, mas que o está priorizando e de posse de um resultado oficial estará comunicando imediatamente ao Sindicato. Segundo ele, o caso ocorrido com os funcionários do CDP de Belém se encontra moroso por não existirem até o momento testemunhas ou indícios que auxiliem nas investigações.
Ficou acordado que na primeira quinzena de dezembro ocorrerá uma nova reunião entre o Secretário da Pasta, os Coordenadores da SAP e o SIFUSPESP, para um melhor debate e encaminhamento dos itens da pauta de segurança protocolado.
Vê já a pauta apresentada:
-Tranca 48 horas em presídios da região em que ocorrerem atentados.
-Tranca por tempo indeterminado caso ocorra transferências de presos considerados lideranças da população carcerária sem "critérios" ou "planejamento estratégico" que leve em consideração a segurança dos funcionários ou mesmo da população carcerária.