Hoje 28 de outubro se comemora o Dia do Funcionário Público, neste dia que homenageia aqueles que dedicam sua vida a manter o funcionamento do Estado e garantir os direitos da população.
Segurança,saúde e educação são direitos fundamentais garantidos a todos pela Constituição e os Funcionários Públicos atuam como seus garantidores.
Ao invés de serem reconhecidos como aqueles que fazem o país funcionar, o funcionalismo público é vítima de uma campanha contínua de ataques por parte da mídia que caracteriza o servidor público como privilegiado e o estado brasileiro como cabide de empregos e responsável pelas dívidas do estado. A realidade no entanto é bem diferente. O Brasil possui menos servidores públicos que o Chile, Estados Unidos e Europa e que 70% do funcionalismo público tem salário de até cinco mil reais, 20% entre cinco e dez mil e apenas 10% acima desses valores com uma ínfima minoria 0,94% ganhando entre 27 mil e o teto do funcionalismo. Estes dados divulgados pela CNN são resultado de uma pesquisa disponibilizada pelo portal Republica.org em 2023.
Qualquer um que conheça a realidade das polícias, das escolas e dos hospitais brasileiros poderá constatar a falta de pessoal e os baixos salários.
A realidade vivida pelos servidores da SAP é um exemplo desse quadro com déficit de pessoal e salários defasados.
Dedicação dos servidores mantêm a sociedade funcionando
Assim como na SAP na maioria das funções públicas, somente a dedicação e abnegação do funcionalismo público mantém a máquina estatal funcionando.
A greve de policiais no Espírito Santo em 2017 e a pandemia de COVID demonstraram que sem estes profissionais mal remunerados e em número insuficiente a sociedade mergulharia no caos.
Quem conhece o sistema prisional de São Paulo sabe que se não fosse a dedicação, esforço e comprometimento de seus servidores, o maior sistema prisional da América latina já teria colapsado. Hoje temos um déficit funcional acima de 30% ,um dos piores salários do Brasil e o crescimento da superlotação com 68% das penitenciárias trabalhando acima do limite estabelecido pelo CNPCP.
Privatizações, PPs e terceirizações agravam o quadro
Desde o governo Fernando Henrique Cardoso vem sendo propagada a mentira de que a iniciativa privada é melhor e mais barata que o serviço público e que privatizar seria uma forma de acabar com a corrupção, porém a realidade mais uma vez demonstra que isso não passa de propaganda de grupos que lucram alto com isso.
Infiltrações do crime organizado em licitações de serviços públicos, custos muito mais elevados (como as prisões privatizadas) e falhas na prestação de serviço demonstram que todas as vezes que empresas privadas assumem serviços públicos em que é impossível existir concorrência a qualidade dos serviços diminui e os custos para a população aumentam.
Desvalorizar um dos mais importantes ativos do serviço público que são seus trabalhadores, seja com baixos salários, seja por falta de efetivo. Ao invés de economia para o estado, a precarização do serviço público só traz prejuízos para a população e atraso ao desenvolvimento nacional.