Após muitos anos sem ameaças diretas contra os Policiais Penais e sem movimentos centralizados de enfrentamento ao Estado, o PCC volta a ameaçar os Policiais Penais.
Coincidentemente a ameaça surge logo após a regulamentação da nova Polícia, a facção ameaça diretamente as forças de segurança do Estado em um desafio à autoridade constituída, tentando forçar a alteração de normas dos presídios federais.
Os faccionados pedem o nome e o endereço de dois Policiais Penais nas 182 unidades prisionais , estamos falando de mais de 364 Policiais virando alvo do crime.
O descalabro de uma facção ameaçar diretamente as forças de segurança do Estado só é possível devido ao enfraquecimento do próprio Estado.
Hoje vivemos uma crise de falta de pessoal no sistema prisional paulista, hoje a SAP tem apenas dois terços do pessoal necessário na área de segurança.
Somado a falta de pessoal temos um quadro de superlotação com 68% das penitenciárias com lotação acima do máximo recomendado pelo CNPCP que é de 137,5%.
A falta de efetivo e a superlotação criam uma mistura explosiva e perigosa visto que em menor número os Policiais Penais tem dificuldade de controlar a população carcerária,gerando um aumento da violência contra estes policiais Segundo pesquisa realizada pelo SIFUSPESP, com policiais penais de 103 unidades, foram relatados 203 casos de agressões no sistema prisional paulista de janeiro a junho de 2024, ou seja uma média de uma agressão a cada 21 horas.
O SIFUSPESP vem alertando de que os sinais percebidos pelos policiais que atuam no fundo das carceragens apontam para o risco.
Graças a atuação incansável dos Policiais Penais paulistas o próprio crime reclama que suas redes de comunicação estão enfraquecidas ao fazer isso revela que estão articulando alguma ação de monta e que vão demandar comunicação ágil, nosso maior receio é que o caos de 2006 volte a atingir o estado de São Paulo!
Este não é um momento para críticas e sim de união e mobilização de esforços para neutralizar uma ameaça a vida dos Policiais Penais e à segurança da sociedade.Por isso o SIFUSPESP está oficiando o governo do Estado, a SAP, SSP e a Casa Civil pedindo algumas medidas de urgência para mitigar esta ameaça, são elas:
* Decreto emergencial que garanta o acautelamento de armamento e colete balístico a todos os Policiais Penais habilitados e treinamento emergencial dos restantes.
* Concurso emergencial para pelo menos mais três mil e quinhentos Policiais Penais.
* Liberação de 10 DEJEPs conforme a lei de forma a reduzir o impacto do déficit nas unidades.
* Criação de uma força tarefa para monitorar as ameaças a policiais e agentes públicos.
* Intensificação da cooperação de inteligência entre SAP e SSP.
* Criação de um programa de proteção a Policiais Penais e servidores prisionais ameaçados de morte.