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Após um procedimento rotineiro de 'bate piso' (como é conhecido o processo de vistoria feito pelos agentes de segurança na busca de túneis para fugas), os presos da cela 8 do raio 8 da penitenciária de Limeira fizeram um princípio de motim e, na confusão, um dos detentos chegou a agredir um policial penal ao ser retirado da cela.

 

Improvisos colocam em risco a segurança

A Penitenciária de Limeira é uma das unidades prisionais que passou a ter a chamada prisão civil (destinada a presos por não pagar pensão alimentícia), só que ao invés de ser construído ou adaptado um espaço específico para este fim, uma cela do pavilhão disciplinar da unidade foi convertida em prisão civil e os presos com faltas disciplinares foram remanejados para a cela de número 8 dentro do pavilhão 8.

Este improviso, que contraria todas as recomendações de segurança adotadas há anos no Sistema Prisional paulista, vem gerando insegurança na unidade.

 

A única separação entres os presos que estão cumprindo sanções disciplinares e o restante da população é o horário diferenciado de banho de sol.

 

Presos se amotinaram após procedimento de rotina

Os presos da cela 8 (transformada em cela disciplinar) começaram a xingar os policiais após um procedimento rotineiro de 'bate piso'.

O Diretor de disciplina da unidade foi chamado e também foi agredido verbalmente. Ele determinou que os presos fossem isolados em uma cela da inclusão.

Os presos se recusaram a sair da cela e quando um deles saiu, agrediu o policial penal que o conduzia. Ele foi contido e os presos do raio 8 começaram a gritar e bater as grades.

Novamente o diretor de disciplina foi acionado e, quando se apresentou, o preso também tentou agredi-lo. Este detento ameaçou matar os policiais penais que agiram para controlar a confusão e alegou ser faccionado.

Após o acionamento do Diretor Geral, o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi acionado.

Somente após a transferência emergencial de todos os 8 presos amotinados a unidade voltou à sua normalidade, tendo os presos sido liberados para o sol às 14h.

O policial penal agredido foi até a delegacia registrar o boletim de ocorrência.

 

Improviso já gerou outra agressão

Esta não é a primeira vez que os presos da cela disciplinar improvisada tentaram agredir policiais penais. No início do ano já haviam atirado um cabo de vassoura contra um policial que felizmente não se feriu.

 

Improviso não combina com segurança

O improviso de um espaço como prisão civil, a utilização das celas de pavilhões habitacionais ou da inclusão para o isolamento de presos que tenham cometido faltas disciplinares, demonstra o abandono das boas práticas de segurança penitenciária que fizeram da SAP um modelo para as administrações penitenciárias do Brasil.

 

Os improvisos resultantes de falta de pessoal e de infraestrutura têm cada vez mais colocado em risco a segurança das unidades prisionais e a vida dos policiais penais que nelas trabalham. Estes improvisos têm sido a marca da atual gestão,  o que tem aumentado os casos de agressões, motins e tentativas de fuga.

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