Quinta feira foi dado o pontapé inicial na campanha salarial do ano de 2023, apesar das perseguições, do fim das abonadas,do aumento das convocações, da proibição da entrada do sindicato nas unidades mais de duzentos guerreiros e guerreira lotaram o auditório Paulo Kobayashi para a assembleia. Muitos saíram do plantão e foram participar, outros se deslocaram centenas de quilômetros por conta própria atendendo ao chamado do SIFUSPESP.
Aqueles que compareceram mostraram que entendem que sem luta não existe conquista, no auditório várias gerações de guerreiros se misturavam, aqueles que viveram os duros tempos da Casa de Detenção e do anexo de Taubaté trocavam experiências com os guerreiros que participaram do acampamento em frente à ALESP que levou a contratação dos concursos de AEVP 2014 e ASP 2017 e a aprovação da PEC da Polícia Penal.
Veteranos e novatos, protagonistas de lutas recentes e antigas trocaram experiências e demonstraram que derrotado, é quem não luta, quem espera passivamente que as melhoras caiam do céu e quem prefere pôr a culpa no outro por sua própria inação.
Após a assembleia os Policiais Penais se deslocaram para um ato em frente ao Palácio dos Bandeirantes para serem surpreendidos com a interdição de toda a área de acesso ao palácio, em uma atitude que remete ao Governo Dória. Até mesmo o trânsito de pedestres foi proibido em toda a área que dá acesso ao palácio. Devido ao bloqueio do trânsito e do consequente engarrafamento, muitos não conseguiram chegar à avenida Morumbi.
Perspectivas da luta
A Diretoria do Sifuspesp se reuniu na sexta-feira dia 15 para fazer uma avaliação da assembleia e do ato em frente ao Palácio.
A avaliação sobre a assembleia é de que existe uma disposição da categoria a continuar pressionando, e de que apesar das perseguições, restrição da liberdade sindical e da sobrecarga de trabalho imposta aos trabalhadores, existe uma vanguarda disposta a lutar, pois tem consciência de que este é o único caminho possível, visto que o governo tem se demonstrado fechado ao diálogo.
As sindicâncias que tem sido instauradas ao arrepio do Estatuto do Funcionalismo e da Constituição são uma demonstração do desespero da atual administração que teme que o abandono que está sendo imposto ao sistema passe a ter repercussões na sociedade, ao demonstrar que o discurso de segurança pública do governo é apenas midiático, visto que o Sistema Prisional está sofrendo um desmonte.
O ato em frente ao palácio mesmo contando com poucos guerreiros devido a interdição do trânsito, deve ser encarado como uma derrota do governo, visto que o mesmo foi forçado a tomar uma medida extrema, para impedir um protesto pacífico demonstrando que a real preocupação do governo é com a repercussão social e midiática.
A preparação de novas ações que causem impacto na opinião pública e na mídia, bem como novas ações legais como a ADO que corre no STF em relação aos abusos praticado.
Abaixo o vídeo do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá avaliando a assembleia e o ato: