Ontem um sentenciado da penitenciária Ozias Lúcio dos Santos de Pacaembu atirou uma cumbuca de comida contra um Policial Penal, após a agressão o raio em que ocorreu a agressão foi trancado pois não havia funcionário suficientes para realizar a remoção do agressor para o pavilhão disciplinar.
Segundo relatos a agressão foi inesperada, sem que tivesse havido qualquer alteração antes do incidente.
Como o SIFUSPESP vem denunciando há algum tempo, a superlotação, falta de recursos mínimos e déficit de pessoal têm tornado as unidades prisionais cada vez mais perigosas para os policiais, com um aumento significativo de agressões, motins e ocorrências disciplinares.
A Penitenciária Ozias Lúcio dos Santos tem capacidade de 873 presos, mas atualmente conta com uma população de 1457, e como a maioria das unidades do estado opera com déficit de pessoal.
O SIFUSPESP já alertou o governo para os riscos
Desde antes da posse do atual governo o SIFUSPESP vem alertando da necessidade de contratação de pessoal, visto que as contratações feitas durante a gestão anterior nem sequer repuseram as perdas de pessoal no período.
Segundo Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP, “Estamos vivendo uma situação crítica, o crime organizado sabe da falta de funcionários. Os presos que trabalham na limpeza das unidades, os visitantes e advogados ligados a facção veem que falta pessoal, somente alguém que não conheça o sistema prisional e o modus operandi das facções pode achar que eles não sabem”. “O governo está colocando em risco a vida dos Policiais Penais e a segurança da sociedade ao ignorar o déficit, o aumento das agressões só mostra o quanto o sistema está próximo do colapso” , completou Jabá.