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Hoje, durante a participação do Governador Tarcísio de Freitas no Programa Pânico, na rádio Jovem Pam, após o Sr. Samy Dana questionar o governador sobre a Polícia Penal falando “Muitos reclamando aqui” foi interrompido por Emílio Surita e em seguida por Daniel Zukerman que emendou “o Guarda Jujuba” , ao que Emílio repetiu “o Guarda Jujuba” , “o guarda Jujuba é um inferno” passando por uma série de brincadeiras e deboches.

Quando Samy Dana retornou a pergunta, a questão da Polícia Penal foi deixada de lado.

Para aqueles que não sabem, a Polícia Penal é a carreira mais perigosa da segurança pública e a segunda mais perigosa do mundo.

Além do deboche em tons homofóbicos, e do descaso com uma das funções mais importantes da segurança pública, tais atitudes demonstram ignorância e despreparo, além de uma clara tentativa de desviar de um assunto que impacta toda a sociedade.

Mesmo com o viés humorístico do programa , que jamais pode ser confundido com jornalismo ou debate sério, a depreciação e o desprezo demonstrado pela equipe do programa contribui para a invisibilização de um dos aspectos mais importantes da segurança pública em nosso estado.

Devemos esclarecer aos integrantes de tal programa que graças aos Policiais Penais que arriscam sua vida e deterioram sua saúde no dia a dia das unidades prisionais, é que eles podem dormir tranquilos pois não acontecem fugas e rebeliões nos presídios paulistas.

Devemos lembrar que o descaso para com o sistema prisional resultou no “Salve Geral” de 2006 que parou a cidade de São Paulo.

Devemos lembrar que os profissionais humilhados e desmerecidos pelos integrantes do programa sob o sorriso complacente do Sr.Governador, são os mesmos que com apenas 3 ou 4 homens garantem a segurança em unidades com mais de mil detentos.

Os mesmos que são caçados pelo crime organizado e que tem sua expectativa de vida reduzida para meros 45 anos devido ao excesso de trabalho e estresse.

O Departamento Jurídico do SIFUSPESP já está tomando as medidas legais cabíveis contra os responsáveis por essa humilhação, mas a maior resposta deve ser da categoria, através de nossa mobilização.

 Operação Legalidade é nossa arma

Embora saibamos que as mídias amigas do governo vão sempre tentar ocultar e atacar a nossa luta, graças a total falta de condições impostas pelo descaso governamental para com as condições mínimas de funcionamento das unidades prisionais, hoje é muito fácil mostrar o quanto somos importantes e necessários.

Nossa única tarefa é fazer estritamente o que manda a lei, zelar com afinco pela segurança das unidades prisionais não assumindo mais de um posto, parando de executar tarefas que não estão na lei de criação do cargo e exercendo nosso papel de garantir a segurança e disciplina nas unidades prisionais.

Respeitar direitos e garantir a segurança

 Amanhã é dia de visita nas unidades prisionais, devemos lembrar que os escaners só devem ser operados por pessoas do mesmo sexo da pessoa que está sendo vistoriada, que a revista do “Jumbo” deve ser feita com todo o cuidado e atenção, que se houver dúvidas não devemos nos furtar de repetir a inspeção de raio x.

Devemos por dever de ofício ,garantir a segurança das unidades mesmo que devido a falta de pessoal isso acarrete atrasos na entrada dos visitantes, que devem ser tratados com toda cordialidade e por isso não devem ser apressados durante o procedimento.

A nota abaixo foi enviada a todos os orgãos de imprensa:

Nota de repúdio ao programa Pânico da Jovem Pan

O SIFUSPESP repudia a declaração criminosamente homofóbica dos integrantes do programa Pânico, da Jovem Pan, que, na edição desta sexta-feira (06/10), classificaram os policiais penais do estado de São Paulo como ‘guardas Juju’, numa referência ao personagem do humorístico ‘A Praça é Nossa’, interpretado pelo ator Roberto Marquis.

As falas dos integrantes, proferidas durante a entrevista do governador Tarcísio de Freitas, são uma nítida tentativa de desqualificar uma profissão fundamental para a segurança pública. A Polícia Penal, a mais perigosa entre as profissões da segurança pública, é a responsável por garantir a segurança nos presídios superlotados do Estado de São Paulo.

Diariamente, policiais penais lidam com cerca de 200 mil presos, a maior população carcerária do Brasil. Estamos falando de uma categoria que, por causa das péssimas condições de trabalho, resultantes do sucateamento das unidades, do deficit de servidores, que têm hoje o menor efetivo dos últimos 10 anos, e do estresse inerente à função, tem uma expectativa de 45 anos, contra a média nacional de 77 anos, conforme atestou pesquisa da USP.

As declarações homofóbicas dos integrantes do programa desrespeitam não somente os policiais que sacrificam a saúde para atuar no sistema, mas também todos aqueles que perderam a vida por cumprirem sua função e por lidarem diretamente com o crime organizado.  

A Polícia Penal exige respeito!

Vídeo do Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá sobre a ofensa:

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