Agenda precedeu manifestação de policiais penais, marcada para esta quarta-feira(17) na frente da SAP, quando secretário Marcelo Streifinger vai receber sindicalistas. Servidores também estiveram no CDP 4 de Pinheiros junto com o vice líder do governo, Tomé Abduchi(Republicanos)
por Giovanni Giocondo
Os sindicatos que representam os servidores do sistema prisional paulista se reuniram nesta segunda-feira(15) com o líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado estadual Jorge Wilson(Republicanos), e com o vice-lider, Tomé Abduc(Republicanos). No encontro, cobraram um posicionamento sobre a necessidade de reajuste salarial à categoria e uma definição a respeito de quando será agendada uma reunião com o governador Tarcisio de Freitas.
No diálogo com o parlamentar, realizado em seu gabinete, os sindicalistas deixaram claro que é preciso uma definição rápida a respeito do aumento, sobretudo após o Palácio dos Bandeirantes ter enviado à Alesp, no início de maio, uma proposta que só contemplava os policiais civis e militares. Em seu pronunciamento, Jorge Wilson disse que uma data para a agenda com Tarcisio será marcada até o final desta semana.
Na perspectiva do SIFUSPESP, a abertura desse canal de diálogo é essencial para o alcance do reajuste, mas a demora na condução do processo se tornou sinônimo de um prejuízo cada vez mais sensível para a categoria. “Os policiais penais estão com razão pressionando os sindicatos, que têm respondido de maneira assertiva ao buscar conversar com o governo, mas ainda sem um retorno satisfatório”, explicou o presidente Fábio Jabá.
Como forma de incentivar o governo a conhecer melhor o funcionamento do sistema prisional, os sindicatos estiveram nesta terça-feira.no Centro de Detenção Provisória (CDP) 4 de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, em visita feita ao lado do vice líder do governo na Alesp, Tomé Abduchi(Republicanos). “Esse contato direto com a realidade dentro dos muros pode sensibilizar o governo a atender às nossas reivindicações”, reiterou o presidente do SIFUSPESP.
Por outro lado, o sindicato critica o fato de essa definição ser protelada, em parte, por não haver um policial penal de carreira no comando da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP). “A inexistência da figura de um servidor da pasta na atual gestão atrapalha muito o andamento das nossas pautas e principais demandas, porque não conseguimos ser ouvidos da maneira como seria nesse cenário”, ponderar Jabá.
Nesse sentido, os trabalhadores do sistema prisional estarão nesta quarta-feira(17) em frente à sede da SAP, em São Paulo, para se manifestarem em defesa de um reajuste salarial digno, que possa cobrir as perdas inflacionárias acumuladas pela categoria ao longo dos últimos oito anos. O ato acontecerá simultaneamente à reunião marcada entre os sindicatos e o secretário de Administração Penitenciária, Marcelo Streifinger.
“A postura do SIFUSPESP nesse diálogo com a SAP prosseguirá firme na tentativa de conquistar mais direitos para os servidores de todos os setores da secretaria. O que ocorre é que a paciência dos trabalhadores está por um fio, porque nossa responsabilidade é gigantesca, e proporcionalmente, a invisibilidade diante do governo também tem sido”, completou o presidente do SIFUSPESP.
Para Fábio Jabá, se o governo Tarcisio realmente respeita os policiais penais, “e sabe da nossa importância para a segurança pública e a proteção da sociedade, precisa nos receber e nos trazer propostas concretas relacionadas ao nosso aumento e à melhoria das nossas condições de trabalho”, antes que o sistema pare em virtude da falta de diálogo, gerando consequências dramáticas para toda a população.