Operação encontra cartas no esgoto de penitenciárias com orientações para execução de agentes públicos
A investigação que terminou com a Operação Echelon, deflagrada na última quinta-feira 14/06, contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), partiu de uma "pescaria" feita nos dutos de esgoto das raias da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista. A apuração descobriu cartas com orientações de ações dos integrantes da facção para ações, entre elas execução de agentes.
Em março do ano passado, o setor de inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) simulou um problema em um dos dutos de esgoto da cadeia, que mantém presos os líderes da organização criminosa. Era um problema falso. "No lugar de reparar o esgoto foram instaladas telas nos dutos.
As redes serviriam para reter cartas que os presos picavam e jogavam pelo esgoto em dias de revistas nas celas. Essas cartas continham os "salves", as orientações para os membros do PCC em liberdade.
As ordens de execução de rivais e agentes públicos têm de ser escritas, segundo regras internas da facção. Após recolher e limpar os papéis picados encontrados em meio ao esgoto, os agentes separaram o material por cor de caneta - havia correspondências escritas em verde, em preto e em vermelho - e, depois, com a ajuda de peritos, por letra do autor.
Em uma terceira etapa, essas letras foram comparadas com os documentos da própria SAP assinados pelos internos. Foi assim que se chegou aos sete homens acusados de liderar a expansão do PCC para o restante do Brasil.
Fonte: Jornal da Cidade/Estadão Conteúdo
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https://www.jcnet.com.br/Nacional/2018/06/cartas-no-esgoto-ajudaram-em-investigacao-contra-pcc.html
Do Estadão
São Paulo - A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram nesta quinta-feira 14/06, uma operação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) e seus aliados em 14 Estados. Ao todo, 63 mandados de prisão, de um total 75 expedidos pela Justiça, foram cumpridos, além de 55 de busca e apreensão. A Operação Echelon teve por base investigações iniciadas no começo do ano passado, que interceptaram ordens para execução de de rivais da facção nos Estados e para a morte de policiais e agentes penitenciários.
A célula encarregada de expandir os negócios da quadrilha fora de São Paulo. Incluindo a operação em outros países, era controlada por sete pessoas, todas presas na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Fonte: Amazonas Atual/ Estadão
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