Segundo presidente do Sindspen as atividades ficarão paralisadas durante os dias 25,26 e 27 de maio
Os agentes penitenciários do sistema prisional do estado do Mato Grosso iniciaram manifestação nesta sexta-feira (25/05) em decorrência de a uma série de necessidades dos funcionários do sistema prisional não atendida pelo Estado. O protesto foi decidido em Assembleia Geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), sendo que as atividades ficarão paralisadas até o dia 27, conforme normativa do sindicato..
Na quinta-feira (24/05), antes mesmo do início da anunciada manifestação democrática, os agentes começaram a receber retaliações. Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram abertos contra funcionários que aderiram a última greve na tentativa de inibir a manifestação. Ainda assim, os agentes permaneceram firmes em sua decisão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen), João Batista Pereira de Souza, o governo vem ignorando as reivindicações desde 2015, o que ele considera “pouco caso da parte do governador Pedro Taques (PSDB)”.O presidente afirma, que apesar das retaliações eles continuam firmes na pretensão de manifestar por seus direitos básicos para a melhoria dos serviços penitenciários.
“A própria manifestação é um direito. Não é de hoje que o Estado do Mato Grosso tem utilizado a ‘justiça’ contra os trabalhadores. Não apenas em nosso estado, mas o poder legislativo tem nos cerceado. A decisão do Superior Tribunal Federal. Então, o que estamos fazendo é uma manifestação. Suspenderemos as atividades e nestes três dias os funcionários estão de braços cruzados”, disse.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o auxílio fardamento, recomposição salarial do INPC, o adicional de insalubridade, isenção de ICMS na aquisição de armamentos, convocação de efetivo por realização de concursos públicos, quebra de interstício para progressão de nível e aproveitamento de tempo de serviço no executivo.
Além disto, também foi discutido o reajuste do adicional de insalubridade, para o qual a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) propôs a possibilidade da correção em duas vezes sendo 50% em 2018 e 50% em 2019, desde que a classe abra mão do passivo. Contudo os servidores penitenciários não concordaram em desistir de receber o retroativo.