G1 - Parte do muro da unidade prisional Moacyr Prado, em Tarauacá, foi derrubada há mais de 40 dias durante obras de ampliação do presídio e, em seguida, a empresa responsável pela revitalização suspendeu as obras por conta das chuvas.
A informação foi repassada nesta terça-feira (16) pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen) que reclama de insegurança...
O presidente do Sindapen, Lucas Bolzoni, informou que a preocupação é que o presídio tem défcit de 300 vagas, já que atualmente tem mais de 400 detentos para 80 vagas.
Além disso, ele falou sobre o baixo número de agentes penitenciários. A parte do muro que foi derrubada tem cerca de 30 metros.
“Eles vão fazer uma ampliação e um novo pavilhão, mas agora pararam as obras e deixaram uma estrutura de ferro, que é totalmente vulnerável. Isso em uma cadeia superlotada. A empresa alega que suspendeu por conta do período de chuvas e vão esperar parar, lá para abril eles retornam as obras”, reclamou o presidente do sindicato.
Bolzoni afirmou que atualmente somente cinco agentes trabalham em cada plantão para cuidar de mais de 400 presos. “Os órgãos ligados ao Ministério da Justiça recomendam a proporção de cinco presos para cada um agente. E hoje estamos ultrapassando mais de 15 vezes isso. Então, além da estrutura precária do prédio, temos essa falta de efetivo”, disse.
O presidente do sindicato falou ainda sobre o que os agentes temem com a derrubada do muro. “A gente teme tanto que haja mais evasão de presos quanto invasão do próprio presídio. Sabemos do contexto que vivemos e temos medo que tentem invadir o presídio para atentar contra a vida de pessoas de facções rivais, ou até mesmo contra a vida dos próprios servidores”, concluiu.
Leia a matéria: