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A falta de funcionamento dos equipamentos de segurança foi uma das causas da rebelião que terminou com uma morte e 32 feridos


O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná(SINDARSPEN) afirmou em nota, na última segunda-feira (13/11) que a rebelião ocorrida na Penitenciária Estadual de Cascavel(PEC) poderia ter sido evitada se equipamentos de segurança estivessem funcionando. O motim durou três dias e terminou com uma morte e 32 feridos.

Na mesma data, o governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), durante a inauguração da nova sede do Procon, em Curitiba, afirmou que a rebelião da PEC foi motivada por uma briga entre facções, e não pelas condições dos detentos no local.

Segundo o governador, o Estado não possui problemas de superlotação, os presos têm seus direitos preservados e “são bem cuidados”.

Por meio de nota, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) afirmou que falhas no sistema de segurança da unidade são denunciadas pelo sindicato desde as obras após a rebelião de 2014.

Segunda a assessoria de imprensa, o Sindicato tem denunciado falhas nos equipamentos de segurança desde 2014, após uma rebelião que destrui 80% da penitenciária. O governo do Estado do Paraná teria entregue apenas parte da reconstrução, sem a automação, embora tenha gasto R$ 2,5 milhões nas obras.

Segue abaixo, parte da nota descrevendo as falhas dos equipamentos e ressaltando que o trabalho dos agentes, apesar da estrutura precária e falta de efetivo, vem sendo cumprido:

Equipamentos de segurança – Quase todos os equipamentos de segurança que constam na PEC, como circuito de monitoramento de TV e um sistema de segurança mecanizada foram possíveis graças às ações dos próprios servidores, que realizaram eventos para arrecadar fundos, pediram apoio para comércios locais e se cotizaram para a compra de equipamentos.

O único equipamento de segurança instalado pelo governo foi a cerca elétrica com alarme que até hoje não está funcionando. Se estivesse, no momento em que os presos fizeram a pirâmide humana e subiram ao solário para render o agente, eles tomariam um choque e seria acionado um alarme, permitindo que o agente deixasse o local e trancasse o acesso dos presos ao restante do prédio pelo solário.

Falta de efetivo – No momento da rendição, havia apenas um agente de cadeia para tomar conta dos quatro pátios de sol, com 36 presos em cada pátio.  No dia a dia, a PEC tem metade dos agentes necessários para dar conta dos cerca de 1000 detentos.

Conduta dos agentes – A retidão e o profissionalismo com que os agentes da PEC atuam têm impedido a entrada de armas, celulares e outro ilícitos que comprometem a segurança da unidade. A fiscalização constante tem sido feita pelos servidores, algo que tem desagradado à massa carcerária que, para justificar a brutalidade da rebelião, acusam de forma mentirosa os agentes de práticas de tortura.

O SINDARSPEN ressalta que diante dos fatos expostos uma tragédia só não havia acontecido antes graças ao empenho dos agentes penitenciários mesmo diante de tanto descaso do poder público. Não podemos aceitar que se jogue sobre eles uma responsabilidade que só cabe ao Estado.

 

Fontes: 

http://paranaportal.uol.com.br/cidades/426-beto-richa-rebeliao/

http://www.sindarspen.org.br/noticias/1420/rebeliao-poderia-ter-sido-evitada-se-equipamentos-de-seguranca-da-pec-estivessem-funcionando

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