Existe o temor de que outros detentos estariam planejando uma evasão em massa até o fim desta semana. Na segunda-feira passada, mais de mil presos fugiram de unidades do semiaberto em todo o Estado.
por Giovanni Giocondo
Com um movimento iniciado no último sábado e que prosseguiu até esta segunda-feira (23), pelo menos 12 detentos que cumprem pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Pacaembu fugiram da unidade, localizada no interior do Estado. Um helicóptero da Polícia Militar foi encarregado de vasculhar os arredores para tentar localizar os sentenciados e permitir que agentes façam a recaptura.
De acordo com informações apuradas por diretores do SIFUSPESP que trabalham na região, existe um temor por parte dos policiais penais que atuam no CPP sobre uma possível fuga em massa que estaria sendo planejada por outros sentenciados para acontecer até o fim desta semana.
As evasões se assemelham às registradas nos CPPs de Mongaguá, Tremembé, Porto Feliz, Valparaíso, do Centro de Ressocialização (CR) de Sumaré e na ala de progressão da Penitenciária I de Mirandópolis, há exatamente sete dias. Na ocasião, mais de mil presos fugiram, além de promover incêndios e depredação da estrutura física dessas unidades.
O novo caso reforça a percepção de insegurança no sistema prisional paulista diante da pandemia de coronavírus - que provocou a suspensão das saídas temporárias e teria levado aos motins da semana passada.
Por outro viés, a ocorrência em Pacaembu também atesta a falta de capacidade da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) em impedir as evasões. “Nas unidades onde a ausência de funcionários no setor de vigilância armada é o principal motivo das fugas, fica demonstrada a fragilidade do Estado frente a uma conjuntura de tamanha complexidade, onde o risco de contaminação pelo COVID-19 também é claramente sentido pelos detentos”, critica a direção do SIFUSPESP.
Detentos se recusaram a participar de contagem e ofenderam policiais penais
por Giovanni Giocondo
O Grupo de Intervenção Rápída(GIR) precisou ser acionado neste domingo(22) para evitar que detentos da Penitenciária de Valparaíso, no interior do Estado, promovessem um tumulto.
De acordo com os relatos dos policiais penais, detentos do raio 4 da ala superior da unidade teriam se recusado a participar do procedimento de contagem na noite do sábado, e começaram a xingar os servidores, ameaçando o que poderia ser um início de rebelião.
Devido ao risco de motim e diante da insistência dos sentenciados em desobedecer a ordem, foi necessária a vinda do GIR para controlar o tumulto e restabelecer a disciplina na unidade.
Na semana passada, ao menos cinco Centros de Progressão Penitenciária(CPPs), além do Centro de Ressocialização(CR) de Sumaré foram alvo de motins, fugas e incêndios que levaram o caos ao sistema prisional paulista em meio à pandemia de coronavírus.
A Penitenciária de Valparaíso está superlotada. Com capacidade para somente 873 presos, a unidade comporta atualmente mais que o dobro, ou um total de 1.914 sentenciados, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Administração Penitenciária(SAP).
Localizado na Vila Clementino, zona sul de São Paulo, P.A. pretende agilizar cuidados com servidores públicos com suspeita ou infectados pela doença
por Redação SIFUSPESP
Com o objetivo de atender com mais eficiência e agilidade os servidores públicos e seus dependentes vítimas ou com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) abriu na zona sul de São Paulo um novo Pronto Atendimento exclusivo para tratar infecções respiratórias agudas decorrentes da doença.
Localizado no Hospital do Servidor Público Estadual(HSPE), o novo espaço será destinado ao atendimento de pessoas que apresentarem os principais sintomas do COVID-19, entre eles a dificuldade para respirar, tosse seca e febre. De acordo com informações do IAMSPE, todos os pacientes “serão direcionados para rápida classificação de risco e atendimento individualizado em salas privativas”.
Após esse procedimento, os casos diagnósticos como mais graves serão encaminhados para a internação junto ao setor de Moléstias Infecciosas da unidade.
O HSPE informa que o novo pronto atendimento conta com seis salas de avaliação de risco, oito para consultas, além de local para coleta de exames, raios-X e ala de medicação. O espaço terá capacidade para atender até 600 pessoas por dia e a rede de retaguarda hospitalar foi organizada pelo IAMSPE para resguardar a existência de leitos de enfermaria e Unidade de Terapia Intensiva(UTI), além de isolamento e exames de tomografia dos pacientes que apresentarem quadro de coronavírus.
As diretrizes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde determinam que “somente os pacientes internados realizarão exame para comprovar a infecção pelo Covid-19”
Outras informações poderão ser obtidas através do telefone: (11) 5583-7001
Saiba mais: http://www.iamspe.sp.gov.br/pronto-atendimento-exclusivo-para-coronavirus-do-hspe/
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