Caso foi registrado na sexta-feira(25), quando sentenciado sufocou o outro com uma toalha. O assassinato anterior havia ocorrido na última terça-feira, na mesma unidade. Neste mês, duas visitas foram mortas por seus companheiros em Mirandópolis e Venceslau

 

por Giovanni Giocondo

A Penitenciária de Andradina vive uma endemia de violência entre os presos. O cenário caótico da unidade prisional foi reforçado por mais um homicídio cometido por sentenciado  contra um colega de cela na última sexta-feira(25), o segundo em apenas uma semana.

Desta vez, o assassinato foi cometido com o uso de uma toalha. O autor do crime alegou à Polícia Civil que foi atacado com um espeto feito de escova de dentes, e matou o outro preso por sufocamento para se defender.

Um policial penal que estava de plantão percebeu o barulho próximo à galeria e fez o flagrante. O sentenciado confessou o delito e foi encaminhado para o isolamento em uma cela disciplinar, enquanto o corpo do preso assassinado foi levado para o município de Catanduva, onde vivem seus familiares.

O primeiro assassinato da semana passada havia acontecido na última terça-feira(22), quando outro sentenciado matou seu colega de cela com o uso de um objeto cortante.

Em ambas as ocorrências, a direção da Penitenciária de Andradina adotou todos os procedimentos necessários para a identificação dos responsáveis por cometerem os crimes, fez a comunicação dos fatos à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), e realizou blitzes nas celas com o objetivo de encontrar objetos ilícitos, entre eles armas improvisadas, drogas e celulares.

Neste mês de março, outros dois episódios violentos marcaram com sangue a rotina do sistema prisional paulista. Duas mulheres que faziam visitas a unidades foram assassinadas por seus próprios companheiros, presos nas Penitenciárias 1 de Mirandópolis e 2 de Presidente Venceslau.

O SIFUSPESP considera extremamente grave a escalada de violência nos estabelecimentos penais onde foram registrados os homicídios. O sindicato pondera que o perfil dos presos da Penitenciária de Andradina pode estar relacionado com a onda de homicídios na unidade.