Preso jogou água fervente contra o servidor na última terça-feira(25). Sindicato conversou com trabalhadores sobre melhorias na unidade e vai oficiar SAP para por fim a regalias de sentenciados em virtude do aumento do número de ataques no Estado

 

por Giovanni Giocondo

Diretores do SIFUSPESP estiveram neste sábado(29) no Centro de Detenção Provisória(CDP) II de Pacaembu, no interior do Estado. A visita do sindicato à unidade teve como razão inicial o apoio ao policial penal atacado com água fervente por um preso na última terça-feira(25).

Além de conversar com o servidor, que sofreu queimaduras sem gravidade, o presidente do sindicato, Fábio Jabá, o secretário-geral, Gilberto Antonio da Silva, e o coordenador da sede regional de Mirandópolis, Gilberto Tenório, também conversaram com outros trabalhadores da unidade com o objetivo de reunir informações sobre melhorias urgentes que precisam ser feitas para garantir a segurança do corpo funcional.

Com os policiais penais, os sindicalistas conversaram sobre a necessidade de haver um diretor de base no CDP, que poderá organizar as demandas dos servidores e permitir que casos como este tenham inclusive uma resposta mais rápida para a categoria. Atualmente, o sindicato conta com representantes em 59 unidades, e quanto mais pessoas unidas nessa luta, mais atenção os policiais penais terão para suas reivindicações.

A comitiva do SIFUSPESP também manteve diálogo com o diretor do CDP II do Pacaembu, com quem ficou acertado um retorno para nova visita na próxima quarta-feira, 2 de junho.

Em virtude do aumento do número de agressões contra servidores no Estado - foram 15 casos registrados em 2020 e mais cinco em 2021, o SIFUSPESP vai encaminhar um ofício à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) para solicitar o cumprimento da Lei de Execução Penal(LEP), com o fim das regalias concedidas aos detentos em meio a um ambiente de crescimento no número de ataques contra os trabalhadores.

“Não pode o Estado permanecer inerte diante dessa situação que tem sido cada fez mais frequente no sistema prisional paulista. Além de crime, a agressão contra o policial penal é uma agressão contra o próprio Estado, já que o funcionário representa a lei e tem que cumpri-la como sua atribuição principal. Não dá para ter mais tolerância com a violência, e nossa atitude é cobrar que a LEP seja cumprida. Nada de regalias. Esses ataques precisam parar de uma vez por todas”, afirma o presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá.