Sindicalista Wellington Braga participou de audiência pública nesta quinta-feira

 Sindicalista Wellington Braga participou de audiência pública nesta quinta-feira

 

O coordenador da sede regional do SIFUSPESP em Bauru, Wellington Jorge Braga, defendeu mais investimentos e gestão para que o Centro de Progressão Penitenciária 3 (CPP) Professor Noé de Azevedo permaneça em pleno funcionamento.

Braga participou nesta quinta-feira, 16/02, de uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Bauru que discutiu o sistema prisional. O principal item em debate foi a situação do CPP 3, alvo de uma violenta rebelião seguida de fuga de cerca de 150 presos, no último dia 24/01, sendo que parte dos sentenciados não foi recapturada. A unidade prisional foi totalmente destruída e dois funcionários ficaram feridos.

Em sua fala durante a audiência, Braga defendeu que o caos que atingiu o CPP III e deixou os bauruenses em pânico foi resultado de uma política omissa por parte do governo do Estado de São Paulo. “O sistema prisional paulista está em situação de calamidade devido à superlotação das unidades, ao déficit de funcionários e à falta de investimento e de gestão por parte do Palácio dos Bandeirantes. Esta situação não pode continuar”, ressaltou.

O coordenador da sede regional do SIFUSPESP em Bauru também criticou as opiniões de pessoas que consideram que o fechamento do CPP 3 pode ser uma solução. “Até hoje o CPP serviu, e aí basta ter uma rebelião que ele não serve mais!?”, questionou, emendando. “Será que se o espaço for desativado, teremos garantia de que será construído outro e que os funcionários permanecerão trabalhando na cidade?“, perguntou.

“Precisamos dar uma resposta à sociedade, que ficou apavorada durante e após esse episódio, e essa resposta necessariamente passa por responsabilizar o Estado por ter deixado a unidade nessas condições desumanas que afetam diretamente a todos: funcionários, detentos e a população em geral”, ressaltou.

Wellington Braga ainda aproveitou a oportunidade para elogiar os agentes penitenciários que fizeram a contenção do motim e os policiais militares que vieram em auxílio aos servidores. “Sem essas pessoas, certamente a situação do CPP seria ainda mais caótica”.

O CPP herdou a estrutura do antigo Instituto Penal Agrícola(IPA) de Bauru, inaugurado em 1955, e atendia até janeiro somente detentos do regime semi-aberto. O prédio fica às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), conhecida como Bauru-Marília.

A audiência completa pode ser assistida no link: https://www.youtube.com/watch?v=PI3XJojYfIg&t=5566s ou pelo Canal da TV Câmara Bauru no Youtube. Wellington Braga fez sua fala a partir da 1'29".