compartilhe>

Realização de jornalistas investigativos da Inglaterra e da Irlanda, “Por Dentro das Prisões mais Severas do Mundo”, da Netflix, entra na segunda temporada com devassa sobre penitenciárias brasileiras, em produções ainda inéditas

 

Ex-detento, negro, condenado à prisão perpétua no Reino Unido por um crime que não cometeu - assalto seguido da morte de um homem - e tendo cumprido 12 anos de detenção até a declaração de sua inocência pela Justiça. Atualmente, um jornalista investigativo e documentarista.

Este é o perfil de Raphael Rowe, britânico que está no Brasil para produzir a série de documentários “Por Dentro das Prisões mais Severas do Mundo”, da Netflix, em parceria com o também jornalista irlandês Paul Connoly. A série está em sua segunda temporada.

Com a proposta de se tornarem “detentos e agentes voluntários”, os jornalistas têm vivido in loco as experiências tanto de presos quanto dos trabalhadores penitenciários(na foto acima, o jornalista Paul Connoly aparece durante treinamento de tiro de agentes penitenciários na Polônia).

Nesse dia a dia, eles buscam escancarar nas gravações as ameaças, agressões e todos os demais elementos envolvidos na violência que atinge unidades prisionais do Brasil e de outros países do Mundo, entre eles México, Filipinas, Honduras e Polônia.

Os quatro episódios sobre as prisões destes locais perfazem a primeira temporada da série e já estão disponíveis na plataforma de streaming, pelo link: https://www.netflix.com/br/title/80116922

No mesmo link, você pode assistir à segunda temporada, que têm entre seus episódios os relatos registrados em prisões brasileiras.

A primeira experiência em nosso país acontece em Rondônia, lugar em que Rowe esteve por uma semana no presídio “Pandinha”, e vai se espalhar por outros Estados - inclusive São Paulo - onde as pesquisas organizadas pelos documentaristas apontaram para as fortíssimas influências das facções criminosas sobre o comportamento dos detentos perante os responsáveis pelo cumprimento das penas e também contra presos rivais.

Essa característica, infelizmente, acaba por definir muitas das consequências catastróficas sobre a falta de segurança sofridas por trabalhadores, seus familiares e a sociedade brasileira e de outras nações retratadas na série.

Nesses lugares, campeiam a superlotação de unidades prisionais - causada sobretudo pela presença maciça de condenados por tráfico de drogas, o déficit de funcionários e a falta de investimento estatal no setor, que leva à ausência completa de estrutura para o espaço.

“Por Dentro das Prisões mais Severas do Mundo” é uma série que será acompanhada de perto pela equipe de comunicação do SIFUSPESP. Em breve, serão publicadas no site do sindicato análises sobre os documentários e os impactos que eles podem trazer no olhar do servidor sobre a sua realidade, bem como o papel que pode ser exercido pelo trabalhador para que haja mudanças positivas nesse cenário.

O SIFUSPESP somos todos nós, unidos e organizados. Filie-se!

Fique por dento das notícias do sistema! Participe de nosso canal do Telegram:https://t.me/Noticias_Sifuspesp