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O governador Geraldo Alckmin(PSDB) conseguiu maioria de votos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(Alesp) para o Projeto de Lei 920/2017. Apesar da demonstração de desacordo na base do governo e oposição, o projeto que congela gastos do governo com serviços públicos de direitos básicos da população, como saúde, educação e segurança pública foi aprovado nesta quinta-feira,14/05.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo(SIFUSPESP) acompanhou a tramitação desde o princípio participando de passeatas e estando presente em todas as sessões de votação, cumprindo a agenda da união do funcionalismo público. Entretanto, o que se viu, após manobra da esquerda e o acréscimo de uma emenda aglutinativa realizada na quarta-feira (13/10), em sessão extraordinária, foi apenas o adiar.

A sessão de hoje foi muito tensa, diversas acusações dos apoiadores do governo e da oposição, bem como, bate boca com os manifestantes ocorreu. Os sindicatos e manifestantes foram atacados por vários parlamentares, sobretudo Campos Machado(PTB) que é o líder da bancada do PTB.

Os sindicatos representantes das categorias de trabalhadores presentes foram calados pelo presidente da Casa novamente, quadro traçado desde ontem. O tucano Cauê Macris(PSDB), líder do governo na bancada, continuou citando regimento interno, especificamente o artigo que afirma a possibilidade da retirada a força em caso de grave tumulto. Qualquer manifestação contrária ao PL da Morte foi considerada tumulto, tendo sido usada a polícia como ameaça para a manutenção do silêncio do povo. Houve embate entre a plateia e a mesa.

“Sabemos que as ações políticas sindicais andam desacreditadas por muitas categorias, entretanto estivemos presentes e lamentamos que a pressão popular não tenha sido maior. O momento histórico é muito difícil, em Brasília e no Estado de São Paulo, o ataque a direitos tem sido feito de forma parecida e muito agressiva. Esperamos que a categoria esteja mais unida neste momento de ataque, caso contrário podemos ver nossos direitos cada vez mais reduzidos. Não são apenas os funcionários públicos que ficarão sem reajuste salarial,  são nossas famílias que pouco já têm, devido a falta de investimentos dos governos do estadual e federal”, lamentou o presidente do sindicato, Fábio Cesar Ferreira.

O presidente entretanto, afirma que a luta não pode parar. E a partir de agora deve ser mais acirrada: “Temos que mostrar cerrar os punhos, todos nós, pela nossa sobrevivência nos próximos anos, que não serão fáceis. Há momentos em que se obtém avanços, e há momentos em que devemos defender direitos para não ter retrocessos. Esta é a luta dos trabalhadores de que somos conscientes e nela estamos”,  finalizou Jabá.

O Sifuspesp pretende realizar assembléias pelo Estado com a finalidade de preparar a categoria e com ela estabelecer ações de resistência e luta, diante de um quadro que não termina aqui. Os ataques governamentais não serão restringidos a questão orçamentária, mas a processos de ampliação de violência frente a população, movimentos sociais e a geração de um ambiente de trabalho com maior perseguição e uso de processos administrativos para impedir a luta e reivindicação diante de um quadro que amplia a indignação.

 

 

 

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