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O CPP 3 ficou completamente destruído pelo fogo e três servidores foram agredidos por presos durante o motim. Os diretores do SIFUSPESP foram ao CPP para orientar os funcionários vítimas da violência sobre seus direitos e conversar com os demais servidores sobre as condições de trabalho e de segurança na unidade.

O SIFUSPESP também apurou informações que dão conta que o CPP 3 seria desativado pela SAP e os funcionários, transferidos. O sindicato já trabalha para evitar que esse boato se transforme em realidade e para exigir que a secretaria faça as reformas necessárias para o pleno funcionamento da unidade, que se encontra em péssimas condições estruturais, ainda mais prejudicadas devido aos danos causados pela rebelião.

Processo burocrático e “ordem” para impedir entrada de sindicalistas

O coordenador da sede regional do SIFUSPESP em Bauru, Wellington Jorge, que já havia estado na unidade no dia do motim, voltou ao local na quarta-feira acompanhado do presidente João Rinaldo Machado, do diretor de formação, Fábio Jabá, e do secretário-geral do sindicato, João Alfredo de Oliveira. A comitiva foi informada pela diretoria do CPP 3 de que deveria voltar no dia seguinte.

Ao voltar ao local nesta quinta-feira, 26/01, os integrantes do SIFUSPESP aguardaram por três horas até um parecer da diretoria do CPP 3 . A resposta veio de um diretor-técnico, que informou que existia uma ordem da SAP para impedir o sindicato de conversar com os agentes de segurança penitenciária que trabalham no local.

Contatado pelo SIFUSPESP, o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, disse a João Rinaldo Machado que a ordem havia partido da corregedoria do juiz-corregedor da Vara de Execuções Criminais de Bauru, David Márcio do Prado Silva .

O presidente do SIFUSPESP e o advogado da sede regional de Bauru, Luiz Marcos Ferreira, fizeram uma audiência com David Márcio do Prado Silva. O juiz-corregedor ressaltou que “quem manda nas unidades prisionais é a SAP” e que fez somente uma “recomendação” para que o acesso às áreas afetadas pelo incêndio fosse bloqueado, não o cerceamento do direito dos sindicalistas em dialogar com a categoria.

Prado Silva reconheceu que o contato do SIFUSPESP com os servidores é garantido por lei, e recomendou aos sindicalistas que protocolassem um ofício junto ao CPP 3 para que, posteriormente, seja feita uma representação contra a diretoria da unidade caso o sindicato continue sendo impedido de conversar com os servidores.

O SIFUSPESP já protocolou um ofício solicitando uma audiência com Lourival Gomes para tratar da crise no sistema penitenciário e da rebelião no CPP 3 de Bauru, além de falar sobre os possíveis riscos de desativação da unidade.

Devido à destruição do CPP 3 de Bauru, 259 detentos foram transferidos para o CPP de Hortolândia, 300 divididos igualmente entre os CPPs I e II de Bauru e 69 retrocederam para o regime fechado. Apenas 633 permaneceram no CPP 3.

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