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Diretor de Saúde do SIFUSPESP fala sobre a situação precária da saúde nos presídios

 

Na maioria das unidades prisionais do estado de São Paulo há um déficit de funcionários constantemente denunciado pelo SIFUSPESP. A falta de pessoal abrange todos os setores do sistema prisional, incluindo a área médica.  Na região de Presidente Prudente a falta de médicos nas unidades foi tema de matéria da TV Fronteira, filiada da Rede Globo na região.

 

A matéria vinculada na última quarta-feira, 24, teve a entrevista com o Diretor do Departamento de Saúde do SIFUSPESP, Luiz da Silva Filho (Danone). Veja aqui: http://www.sifuspesp.org.br/index.php/videos.html?view=media&layout=default&id=22.

Os presos que cumprem pena nos 22 presídios da região de Presidente Prudente dividem leito com a população. Boa parte destes atendimentos de saúde poderia ser realizada dentro das unidades prisionais. Isso seria possível se o governo respeitasse a resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária que indica o número mínimo de médicos/presos – para cada 500 presos, ao menos um médico para atender. Na região de Presidente Prudente há cerca de 30 mil detentos.

De acordo com a resolução, deveria haver ao menos 60 médicos para atender a demanda. No entanto o SIFUSPESP denuncia que na região há apenas 15 médicos em atendimento e outras 30 vagas em aberto. Mesmo que todas as vagas fossem preenchidas, ainda haveria um déficit de 15 clínicos gerais.

Metade dos presídios da região aderiu ao sistema aderir ao CIB - Comissão Intergestores Bipartite. Ainda assim, o sistema é considerado insuficiente o que resulta em utilizar clínicas e ambulatórios do sistema SUS.

Para tentar diminuir o problema, a SAP informou à reportagem que está realizando um concurso para contratação de 292 médicos, sendo 225 vagas para Clínico Geral dos quais 40 para o Oeste Paulista. Mas mesmo essa possibilidade não deve trazer solução. No mesmo edital, consta o salário que está sendo oferecido para os profissionais: R$ 3.172,02 com carga horária de 22 horas semanais.  O valor é considerado baixo. "Paga-se pouco por isso os profissionais não ficam no sistema prisional. Infelizmente o governo lança uma lei que ele mesmo não cumpre", informa o Diretor de Saúde do SIFUSPESP.